ADITIVOS ALIMENTARES

BENÉFICOS OU PREJUDICIAIS

Durante séculos, as pessoas incrementaram pratos com diversos aromatizantes, conservantes e corantes. Mas alguns ingredientes que constam hoje nos rótulos dos alimentos são assustadores. Atualamente, são raros os alimentos que chegam aos supermercados sem um aditivo, substâncias que não existem naruralmente no alimento, mas são acrecentadas por uma série de razões. Dentre os aditivos existentes podemos citar os conservantes, para evitar que estraguem; os emulsificantes, para evitar a separação da água e da gordura; os espessantes; as vitaminas ou os minerais (seja para substituir os nutrientes perdidos no processamento, ou para aumentar o valor nutricional); adoçantes (naturais e a artificiais); sal; essências para realçar o sabor; e corantes para tornar tudo, de balas a refrigerantes, visualmente mais atraente. Embora muitas pessoas questionem a segurança dos aditivos, seu uso é rigidamente controlado. As autoridades governamentais exigem que sejam feitos estudos extensivos antes que um aditivo seja lançado no mercado; ainda assim podem ocorrer reações raras a determinados aditivos. Entretanto, graças ao uso adequado dessas substâncias, podemos usufruir da mais abundante e benéfica variedade de alimentos de toda a história. Os aditivos alimentares mais comuns são açúcar, xarope de milho, outros adoçantes e sal. São utilizados tanto para realçar o sabor, como para conservar os alimentos. Outros aditivos apresentam benefícios para a saúde como o cálcio, o ácido ascórbico (vitamina C), a vitamina E e alguns antioxidantes, que evitam que a gordura fique rançosa e podem oferecer uma certa proteção contra o cancêr, doenças cardíacas e outros males.

OS ADITIVOS PODEM SER ÚTEIS

Os aditivos podem ser benéficos mesmo quando aparentemente não dão esta impressão. A goma-laca, por exemplo, que é uma resina secretada pela fêmea de um inseto (Coccus lacca) encontrados no Oriente, é muitas vezes chamada de "esmalte de confeiteiro". Pode ser usada para dar uma camada protetora e brilhante aos doces, às jujubas, e às casquinhas de sorvete. Como não é solúvel em água, evita que o alimento resseque ao formar uma camada úmida impermeável. Esta é a razão pela qual frutas cítricas e abacates algumas vezes são tratados com estes aditivo. A goma- laca tem sido muito usada como aditivo alimentar sem nenhum problema, e os testes feitos com animais não mostraram nenhum reação adversa substâncias como o esteaoril fumarato de sódio, um aditivo que melhora a textura e as propriedades de manuseio de produtos assados, e o dioctil sulfossucinato de sódio, um emulsificante e realçador de sabor, embora inócuos deixam as pessoas que não são químicos profissionais receosas.

ADITIVOS ALIMENTARES COMUNS

Hoje os aditivos aliementares possuem um papel vital na cadeia alimentar. A preocupação dos consumidores com relação a eles em geral se deve a informações equivocadas ou confusas sobre a nomenclatura química dos produtos. Todos os novos aditivos têm des ser aprovados pela Anvisa.

ADITIVOS INDIRETOS

Cerca de dez mil substância entram nos alimentos durante seu crescimento processamento e embalagem. Alguns desses aditivos indiretos podem representar uma ameaça ainda maior à saúde do que os aditivos diretos. Alguns alimentos, por exemplo, contém traços de pesticidas que foram borrifados nas colheitas ou aplicados diretamente no solo. Poluentes ambientais presentes nos alimentos, como as PCBs ( bifenilas policloeadas), o mercúrio e o chumbo, são prejudiciais quando ingeridos em grandes quantidades. Alguns reações alérgicas que são atribuídas aos alimentos ou aos aditivos diretos são, na verdade, provocados pelo aditivos indiretos. Uma pessoa que nunca teve alergia alimentar pode, por exemplo, ter uma reação inexplicável após beber leite. Médicos alergistas rastrearam os sintomas em alguns casos em que a penicilina foi usada para tratar a mastite em vacas. As pequenas quantidades de penicilina que passam para o leite podem ser inofensivas para a maioria das pessoas mas podem afetar aquelas que são alérgicas á substância.

UMA ABORDAGEM CAUTELOSA

Embora os benefícios da maioria dos aditivos alimentares superem quaisquer riscos potenciais, seu uso deve ser guiado pela prudência e pela moderação; e alguns não precisam sequer ser usados. Alguns aditivos acarretam malefícios para pessoas com determinados problemas de saúde. Pessoas que sofrem de hipertensão ou qualquer doença que exige uma dieta de restrição de sal devem checar os rótulos de todos os alimentos para verificar a existência e o teor de sódio. Aqueles que estão tentando reduzir a ingestão de açúcar devem evitar a lactose e outros ingredientes terminados em "ose", pois todos são formas de açúcar. As pessoas com tendências inata a reter ferro em excesso, uma doença chamada hemocromatose, devem evitar pães, cereais e outros produtos enriquecidos com ferro. Os sulfitos, que são usados para conservar a cor das frutas frescas, das batatas fritas congeladas e do chucrute, podem sentir dor de cabeça depois de consumir alimentos conservados com nitritos e, em alguns casos raros, crianças com transtornos de déficit de atenção podem reagir adversamente a certos corantes alimentícios. Algumas quantidades de aditivos beiram o exagero; um exemplo são os cereais altamente fortificados. Produtos em conserva têm mais aditivos do que seus similares frescos. Carnes aves e peixes frescos, por exemplos, não contêm os nitritos e outros conservantes que são encontrados em carnes defumadas ou processadas. Alimentos altamente processados tendem a ter maior concentração de aditivos. Estes, entretanto, devem ser evitados mais por seu baixo valor nutricional do que pelos aditivos.